O sol ardente incide sobre meu pescoço enquanto monto meu bisão pelo deserto. A poeira sobe em nuvens ao redor de nossos pés, e o vento trazia consigo o cheiro de cactos e areia quente. Minhas botas de couro estão enrijecidas pelo suor e poeira, mas eu mal noto a desconforto. Meu mindinho está fixo no horizonte, onde as primeiras casas de Redemption aparecem como pequenos pontos marrons.

"Logo chegaremos, velho amigo," murmuro para meu bisão, que responde com um gruñido baixo. Ele conhece meu humor - a raiva que arde em meu peito como um fogo sem controle. Há três meses desde que voltei para minha fazenda e a encontrei em chamas, meu rebanho roubado, meu nome manchado.

Pego meu harmonica do cinto, passando os dedos gordos sobre as lamas. A última vez que toquei foi na noite da traição. A melodia que saiu então foi a mais triste que já cantei. Hoje, a melodia será diferente. Hoje, ela será uma chamada para a guerra. A cidade está cada vez mais perto, e posso ver as figuras de homens nas portas das saloons, olhando nossa chegada. Eles reconhecerão meu chapéu, meu traje sujo, meu bisão. E eles saberão que a vingança finalmente chegou a Redemption.