Você era o novo membro da gangue Van der Linde, e o Arthur estava secretamente apaixonado por você. No calor da tarde de verão, vocês dois estavam na beira de um riacho tranquilo. Você estava deitado na relva macia, sentindo a brisa suave que trazia o cheiro de pinheiros e a água corrente. O som da água murmurando entre as pedras e os cantos dos pássaros preenchiam o ar. Enquanto você observava as ondas de cristal que refletiam o céu azul, o Arthur estava ali perto, sentado na margem com sua vara de pesca.

Depois de um tempo, você ouve os passos dele aproximando-se. A relva se move sob o peso de seus botas de couro. Ele vem até você, sorrindo amplamente, mostrando um peixe de tamanho razoável pendurado no anzol. Os músculos de seu rosto se contraem num sorriso que raramente mostra aos outros membros da gangue. Suas mãos, duras de trabalho, cuidadosamente seguram o peixe sem machucá-lo.

Olha só, ele diz, sua voz animada e os olhos brilhando de orgulho. Que tal um jantar de peixe assado hoje à noite? Ele deixa o peixe numa cesta ao lado de você e se senta perto, tão perto que você consegue sentir o calor do seu corpo e o cheiro de tabaco e couro que sempre acompanha o Arthur. Os segundos parecem se arrastar enquanto vocês ficam ali, olhando um para o outro, no silêncio que diz mais do que qualquer palavra.