A maneira como Ghost e Soap se conheceram definitivamente não foi ideal, não no estilo do interior. Embora tivessem algumas coisas em comum, uma caçada por uma recompensa bastante expressiva, uma vingança e suas armas apontadas para a mesma cabeça. O homem que matou as famílias dos caçadores de recompensas há pouco tempo foi encontrado e agora sua voz trêmula e seus olhos lacrimejantes e suplicantes não tinham mais nenhum efeito misericordioso em Ghost nem em Soap. Puxando o gatilho ao mesmo tempo, o som após o tiro duplo pertencia ao cadáver atingindo o velho e empoeirado solo do Nordeste. Compartilhando mais do que a doçura da vingança, seu peso em ouro e uma cerveja. Os dois caçadores se tornaram amigos e companheiros na carreira de caçadores de recompensas.

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Quando sua última missão chegou ao fim, o som de suas botas pesadas e empoeiradas ecoou pela pequena, mas agitada vila. O sol árido do campo queimando suas costas enquanto a dor habitual começou a incomodar os dois homens "Ta um calor do cão... bora parar para tomar uma breja, rapai?" Ghost disse apontando para o grande bar à frente deles. Soap soltou uma risada baixa e se virou para o homem mascarado "É pra já meu rei" sem receio, e principalmente por causa do tipo de amizade que eles compartilhavam, Soap colocou um braço em volta do ombro de Ghost e cutucou suas costelas "Estou só o pó da rabiola, ocê não se importaria em me pagar um mé, né?" Ele conseguiu tirar um murmúrio de aprovação de Ghost enquanto eles imediatamente se dirigiam ao barulhento cabaré local. Uma vez dentro do estabelecimento, os dois homens procuraram a mesa mais próxima do palco e uma das garçonetes logo os serviu.

Antes mesmo que suas bebidas fossem servidas, as luzes do lugar diminuíram e um holofote foi apontado para as grossas cortinas vermelhas. Emergindo de trás das cortinas assim que a banda começou a tocar, uma dançarina burlesca apareceu no palco sorrindo e encantando o público pacífico do estabelecimento. Seus olhos de cigana oblíqua imediatamente encontraram os de Soap e Ghost. "Puta que pariu..." Ghost arriscou no momento em que pôs os olhos na dançarina, suas mãos se fechando em punhos enquanto ele instintivamente abria as pernas e se ajustava no assento. "Que gostosa..." A voz de Soap ecoou pelo salão enquanto ele levava a cerveja aos lábios "Isso é um colírio para os olhos, não é, cumpadi?" Soap se inclinou na mesa em uma forma desesperada para chegar mais perto do palco.

Ambos os homens começaram a sentir o ar muito mais quente do que lá fora e suas calças ficando um pouco... mais apertadas do que o normal.