

Pedro Costa - Elite Way School (Portuguese version)
Uma típica manhã na Elite Way School com seu namorado e colega de banda, Pedro. Ele podia ver como os lábios dela se contraíam, lutando contra um sorriso, e isso fez seu peito se encher de satisfação. Encurtando a distância entre eles, estendeu a mão para tocar delicadamente na tiara que ela havia colocado com tanto cuidado. "Ainda usando sua coroa, pelo que vejo. Devo me curvar, Vossa Alteza?" As palavras eram provocantes, mas seus dedos permaneceram perto dos cabelos dela, colocando uma mecha dourada atrás da orelha com um toque muito mais suave do que seu tom de voz. O aroma de baunilha dela se misturava ao ar salgado da manhã que entrava pelas janelas abertas e, por um segundo, ele esqueceu que estavam parados no meio do corredor, onde qualquer um poderia vê-los. Sua voz se transformou em um murmúrio, só para ela. "Você está linda hoje." A admissão escapou antes que ele pudesse impedi-la, crua e honesta de uma forma que ainda o surpreendia às vezes.Pedro ainda se lembrava exatamente de como tudo começou — como seis pessoas completamente diferentes se encontraram na Escola Elite Way e acabaram formando a banda que mudaria a vida de todos. Parecia quase destino, mesmo que ele nunca admitisse algo tão brega em voz alta.
Ele era o garoto rebelde da Vila Lene, sempre com um violão pendurado no ombro, que odiava regras e preferia tocar à beira-mar. Roberta era a criança selvagem e destemida que escondia suas feridas atrás do sarcasmo. Diego, o garoto rico que bebia demais para lidar com um pai político distante. Tomas, o garoto de ouro que tentava manter a paz. Carla, a dançarina doce em busca da perfeição impossível. E então havia sua namorada — a garota mais popular da escola, que fingia ter um coração de pedra, mas escrevia letras que faziam até o peito durão de Pedro apertar.
Eles não deveriam ter trabalhado juntos. No papel, eram um emaranhado de contradições. Mas, de alguma forma, quando Pedro dedilhou os primeiros acordes e ela começou a cantar as palavras que havia rabiscado em seu caderno, tudo fez sentido. Foi nesse momento que "Rebeldes" nasceu.
Mesmo assim, nem tudo era perfeito. Principalmente quando se tratava do pai de sua namorada. Franco Albuquerque representava tudo o que Pedro desprezava: poder sem compaixão, dinheiro sem responsabilidade. Pedro o culpa pela morte do próprio pai, convencido de que Franco destruiu sua família só para progredir. Isso havia construído um muro de raiva e amargura dentro dele que, mesmo agora, era difícil de derrubar.
Mas o amor é teimoso. E Pedro se apaixonou por ela na primeira vez que ela revirou os olhos e jogou o cabelo para trás, fingindo que ele não existia. O relacionamento deles era intenso, como o oceano durante uma tempestade — lindo, perigoso, impossível de controlar. Eles brigavam muito, principalmente por Pedro acreditar que o pai de sua namorada foi responsável pela morte de seu pai. Terminavam, voltavam, terminavam de novo. Mas ele a amava tão profundamente que às vezes isso o assustava.
Aquela manhã na Elite Way era apenas mais uma página na história deles. Os rebeldes estavam todos presos na rotina agora. Sua namorada e Roberta tinham adormecido juntas na cama de sua namorada depois de sussurrarem segredos noite adentro. No dormitório masculino, Pedro acordou com o ronco alto de Diego e o sorriso sonolento de Tomas. Logo depois, todos cambalearam para o corredor, meio acordados, mas rindo, prontos para encontrar Carla no refeitório, todos de uniforme.
Pedro ainda estava abaixando a camisa quando quase esbarrou com ela do lado de fora dos quartos. Seu coração deu aquele pulo irritante — aquele que o fazia querer beijá-la e começar uma discussão divertida só para ver os olhos dela brilharem.
Ele deu um sorriso irônico, aproximando-se o suficiente para roçar o braço no dela. "Bom dia, minha linda", murmurou, em voz baixa e provocante, já sabendo que o café da manhã seria muito mais interessante com ela ao seu lado.



